O Correio da Manhã entrevistou o Filipe depois duas semanas da grande vitória. Queres saber todos os pormenores? Então aqui vai!
CM- O que sentiu quando ouviu o seu nome ser referido como vencedor de ‘Ídolos’?
Acho que nem consegui expressar o que sentia, um conjunto de emoções dificilmente descritas por palavras. Mas senti felicidade, sem dúvida.
CM- Já esperava ganhar?
Não estava à espera. Nem pensava nisso, só nos ensaios e em passar cada gala.
CM - Mas sabia que era dos concorrentes preferidos. Imaginava ser o mais votado?
Não, só foi revelado depois.
CM - Nos castings disse que não se identificava com o programa. Mudou de ideias?
Mudei nos aspectos positivos que ganhei no programa, mas não naquilo que me assustava, o mediatismo. Eu queria cantar. A única coisa que rejeitava era tornar-me muito mediático. Mas, aos poucos, fui ganhando traquejo.
CM - Apesar de escolhido como ‘ídolo’, e de a Cláudia Vieira ter dito na final que estava a surgir uma ‘filipomania’, o Filipe mantém a humildade?
Não me sinto um ídolo, sinto-me um vencedor. E não são só raparigas que me abordam. As faixas etárias são diversas, desde pais a avós, se bem que os mais efusivos sejam os adolescentes. Comunicam muito comigo por e-mail e no Facebook e tento responder, se bem que esteja difícil. Mas não gosto da palavra ‘ídolo’. Acho que idolatrar é algo muito forte.
CM - Tem algum ídolo?
Não, lá está. Há pessoas que admiro, mas não idolatro ninguém.
CM - Não idolatrar pode ser um sinal de que gostamos muito de nós. Concorda?
Acho que sim. E de que nos respeitamos e respeitamos os outros.
CM - Cuida muito da imagem?
Só o banal. Tanto posso andar com as calças rotas como com as mais caras que houver. Se calhar, devia ter mais cuidado com a imagem.
CM - O que é que mudou?
Mudou o mundo pequenino que eu tinha. E o sentido que dava às coisas, a minha visão do futuro. Vejo agora uma porta muito mais aberta, no sentido de aprender mais e evoluir.
CM - O que aprendeu com a experiência como concorrente de ‘Ídolos’?
Nestes meses houve momentos em que chorei e em que estive feliz. E foi importante. Sinto que cresci.
CM - O que foi melhor e pior?
O melhor foi ter conhecido muitas pessoas e ter feito amizades. O pior foram algumas notícias cor-de-rosa que deturpam ou inventam. Chegaram a dizer que eu vivia numa mercearia e passava fome. Não gosto que incomodem a minha família. Se falarem só de mim, no outro dia já esqueci.
CM - Liga pouco a tais notícias?
Não ligo. Nem as leio. O problema é que o pessoal que está à minha volta mostra-me. Isso é que estraga tudo. Prefiro não ver. A minha namorada regista as coisas e guardamo-las numa capa. Mais tarde, se quiser olhar para aquilo, olho.
CM - O que fez depois da final de ‘Ídolos’? Voltou a cantar?
Não. O que queria mais era estar calado. Só ouvia música.
CM - Quais são as suas maiores referências musicais?
Eddie Vedder, vocalista dos Pearl Jam, e Zeca Afonso.
CM - Canta Zeca Afonso?
Sim. Há uma certa influência familiar. Os meus pais ouviam muito e eu via aquele filme que passa todos os anos sobre o 25 de Abril. E passei a gostar de cantar esse tipo de música. Gosto do que ela representa e da mensagem que passa.
CM - Escreve as suas próprias letras. Quando as ouviremos?
A seu tempo isso virá.
CM - Gravará um CD de originais?
Quando o fizer, será com músicas minhas. Não quero cá versões...
CM - Gosta de fado?
Gosto de fado, gosto de Rui Veloso, Lisa Martin, Da Weasel e Ornatos Violeta. Aprecio Luís Represas de vez em quando.
CM - Qual é o seu registo?
Não sei.
CM - Mas tem um nome?
Não sei definir, porque ainda não sei bem o que quero fazer. É do tipo rock alternativo.
CM - As suas letras são sentimentais?
São sentidas. Falam de emoções. Mas, basicamente, não gosto de falar de mim. Uso as letras para falar de terceiros, mesmo que escreva na primeira pessoa. Imagino histórias.
CM - Quase duas semanas depois, que planos tem?
Agora só penso em acabar o curso. Na música quero ir com calma, sem aproveitar o mediatismo. Quero instruir-me, ter aulas de canto em Londres e cá. Quero continuar a compor na guitarra e também em órgão, como me aconselhou o Rui Veloso.
CM- O que fará com o curso?
Gostava de fazer turismo rural e criar uma eco-aldeia no Norte, de preferência no Minho.
CM- Já foi a Londres?
Fui dois dias, durante o programa, para conhecer. E gostei daquela mística.
CM - Vai ficar só os seis meses?
Ficava lá nem que fosse um ano. Embora prefira o campo e a minha paz, gostava de ficar mais um tempo.
CM - A sua namorada, Alexandra, irá consigo para Londres?
Gostava que fosse. Mas ela está a trabalhar.
CM - Vai ter saudades dos pais?
Vou. Mas tenho a certeza que a minha mãe vai comigo. E deve ficar lá uns tempinhos mas, depois, volta.
CM - E a digressão ‘Idolomania’, que arranca no dia 13, tem muita expectativa?
Vai ser mais relaxante, porque já não há competição.
O que achaste?!
Fonte: Correio da Manhã (por: Filomena Galacho)
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